quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Vamos falar baixo...


Para que nossos gerentes não nos escutem... Fizeram uma pesquisa e descobriram que os bancos brasileiros estão entre os que cobram menos tarifas no mundo. Pode? A consultoria Accenture, na 1ª Edição do Estudo Global de Custo, Qualidade e Satisfação de Serviços Bancários, avaliou os preços dos pacotes de serviços bancários em 15 países, e tal custo só é menor na Índia, México e França. Por aqui, a média do pacote básico está entre R$ 11 e R$ 16, imagina os demais...

Mas, pelo menos isso, não é?! E que não inventem de querer subir no ranking, pois as tarifas bancárias são apenas mais algumas das inúmeras contas e impostos que nós, brasileiros de fé, pagamos todos os dias, até dormindo... E tem mais, esqueci de falar que a mesma pesquisa demonstra que por aqui os clientes não são muito fiéis aos bancos. Tá ruim? As tarifas estão altas? O atendimento deixou a desejar? Troca. Cerca de 43% dos correntistas mudaram de banco em 2011 e outros 7% declararam a intenção de mudar em breve.

Acredito que o amadurecimento de nossa democracia está aos poucos trazendo isso. Tá ruim? Troca. Tá estragado? Devolve. Foi mal atendido? Reclama. É a saudável concorrência!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Já ouviu falar crowd funding?


Nome estranho não é? Dependendo do que você pensar, pode até parecer nome feio, palavrão... Pois eu conheci essa história em uma das minhas aulas de pós-graduação, ouvi por cima, uma colega anunciou que estava participando. Fui pesquisar, achei um conceito interessante. Traduzindo para o português, seria como um financiamento coletivo.

Já estamos acostumados com as compras coletivas, onde é possível adquirir produtos e serviços com ótimos descontos. Tudo graças às várias outras pessoas que, assim como você, também adquiriram os mesmos produtos. É a força da maioria!

Pois bem, e o tal crowd funding funciona nesse estilo. Se você tem uma ideia ou um projeto legal pode se inscrever em sites que a colocam à disposição para que outras pessoas que quiserem te apoiar na empreitada, possam fazer doações.

Você deve estipular quanto vai necessitar de financiamento e o mínimo necessário para colocar a ideia em prática. Se conseguir apoiadores suficientes, oba! Seu projeto é viável! Se faltar gente, infelizmente o valor arrecadado será devolvido para quem fez a doação.

O mais importante é ter uma boa ideia, um projeto interessante que desperte o interesse de outras pessoas, em qualquer lugar do mundo. Legal, não é? Coloque a caixola para pensar, quem sabe não tem um monte de gente querendo ver o seu projeto?

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Onde estamos... E, para onde vamos?



O que é isso minha gente? Que juventude é essa que invade prédios públicos e destrói o patrimônio que a eles é oferecido gratuitamente? Não conheço esse pessoal da USP, por sorte, pois se fossem meus colegas, amigos, parentes, conhecidos, sentiria vergonha. Aliás, já sinto. O que motiva gente de classe média, nascida em berço esplêndido a fazer baderna?

Num país onde cada dia surgem novas leis e ninguém cumpre nem as que já existem há anos, fica muito complicado pensar em um futuro digno, onde as pessoas se respeitem e convivam da melhor maneira possível. O problema dos universitários da USP não é a maconha ou outras drogas que usam, isso é problema deles. O maior problema é não ter respeito, é não ter sido ensinado em casa que o espaço de um acaba quando começa o de outro. É não ter aprendido que vivemos em sociedade e aqui, não pode tudo não!

Onde estão os limites? Para onde vamos? Esses serão os profissionais que logo, logo estarão aí, disputando mercado de trabalho... Ou quem sabe não... Talvez ingressem em alguma ONG ou sindicato vivam pendurados pro resto da vida... Oh, Brasil...  
Foto: Revista Veja On-Line



terça-feira, 8 de novembro de 2011

BR 116

Na época da universidade já dizia que nunca mais iria me submeter ao caótico trânsito da BR 116. A Unisinos, apesar de excelente, com o passar dos dias, semestres e anos, se tornava muito mais distante do que realmente era. Eu conhecia todos os edifícios, as lojas, os desvios, os buracos, as tranqueiras. Foram alguns anos de testes de paciência, mas com a formatura, ufa...

Anos depois, ao pensar em uma pós-graduação, cogitei a ideia, mas logo descartei. Seria muito cansativo, ainda mais com bebê em casa. Mas a vida apresenta cada coisa... Em busca de uma oportunidade profissional, aparece aquela que seria uma excelente opção, mas... E não é que hoje, tenho enfrentado esse trânsito insuportável, três vezes por semana? As 18h, de Canoas ao Centro de Porto Alegre levo mais uma hora... Preciso de cápsulas de paciência...

Na Zero Hora de domingo, li que o Centro de Porto Alegre é o bairro onde o preço do m² mais aumentou com relação ao ano passado. As regiões mais desvalorizadas foram a Zona Norte e a Zona Sul. Por que será? No Blog Direito e Desenvolvimento (Exame.com), Carlos Emmanuel Ragazzo, professor da FGV Rio, diz que a dificuldade de deslocamento pode incentivar a valorização de determinados bairros, ou a desvalorização de áreas mais distantes. Diz ele que o custo do deslocamento não envolve apenas o preço da passagem ou a gasolina, mas o respectivo tempo de trânsito.

Tempo de trânsito... Menos tempo para cuidar de si. Menos tempo para cuidar da casa. Menos tempo para se divertir com o seu filho e marido. Menos tempo para tudo. Esse é um dos fatores que devo colocar como prioridade nos próximos degraus da escada da vida...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Pobreza?


Pesquisas mostram que 46,2 milhões de americanos estão vivendo abaixo da linha da pobreza, isso equivale a 15% da população do país. Mas atenção! Nos Estados Unidos, uma família é considerada pobre quando o rendimento mensal fica em torno de R$ 2,9 mil reais ou R$ 770 mensais por pessoa (considerando famílias de quatro pessoas). 

No Brasil, a linha de pobreza utilizada pelo governo brasileiro é de cerca de R$ 140 mensais por pessoa. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, há 80 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza no país e isso representa 42% da população. Lamentável, mas daí o sucesso do bolsa-família... 

Sabemos que o que importa mesmo é o poder de compra da população e que talvez seja difícil a vida de uma família americana que ganha US$ 1,7 mil. Mas também estamos carecas de saber que o brasileiro está sufocado com a enorme carga de impostos, que não tem saúde, nem educação, nem segurança de qualidade. Aí, meu filho, tem que ser herói para sobreviver com tão pouco...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Atenção navegantes!

A embarcação tupiniquim está sofrendo para passar por mais esta marolinha... De acordo com o IBGE, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) fechou agosto com alta de 0,37%. No ano, a inflação acumulada é de 4,42% e nos últimos 12 meses, a soma já chega a 7,23%, o maior índice desde junho de 2005, quando atingiu 7,27%.

Números à parte, o que a gente sabe mesmo é que a vida não está nada fácil, ainda mais porque o rendimento da população não segue a mesma tendência da inflação. Você lembra o que comprava com R$ 50,00 a cinco anos atrás? Pois hoje em dia, só dá para comprar pão, frios, algumas frutas, verduras e olhe lá... É nessas horas, no poder de compra, que sentimos a verdadeira crise econômica, muitas vezes com variações muito superiores às registradas pelos índices oficiais.

Agarrem os botes salva-vidas, os coletes infláveis! O fantasma da inflação está próximo. Alguns ainda lembram muito bem de como ele agia, outros nem o conhecem. Quem diria... O que aconteceu? Não pode ser apenas uma reação às crises internacionais, alguma coisa escapou do controle nos últimos anos...

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Genéricos


Desculpem-me os profissionais sérios, éticos e corretos, mas em todas as profissões há ovelhas negras. Na medicina não seria diferente. Certamente você já ganhou do seu médico uma amostra grátis de um medicamento, não é? Ou ainda já se deparou com os representantes das indústrias de remédios pedindo para serem recebidos rapidamente pelo médico, mesmo que você, que está com hora marcada, fique esperando. Isso á comum, virou hábito e ninguém diz nada.

Uma pesquisa da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, divulgada em 23 de agosto de 2011, revela que 46% dos médicos ainda têm dúvidas sobre a eficácia e a segurança dos genéricos. Dizem que o processo de avaliação e controle de qualidade seria menos exigente do que o do de medicamento de marca. Será? Por que não fazem a pesquisa baseados em exames de saúde de pacientes que usam genéricos e assim analisam se o medicamento fez ou não efeito?

A sociedade já tem tantas dificuldades para manter os cuidados com a saúde que fantasiar em torno de um assunto como esse é muito sério. Independente de quem foi o pai da ideia, os genéricos já estão há 10 anos no mercado e nunca ouvi falar de alguém que tenha morrido por ter escolhido tomar genérico ao invés de pagar caríssimo pelos produtos de marca. Ou será que estou enganada?